Nós sabemos: há muito para ler por aí.
Todos nós gostaríamos de ter tempo durante o dia para nos aconchegar na cama com um bom relatório. Nesta série, lemos as pesquisas, relatórios e metodologias mais recentes que promovem o movimento de doações de base para que possam ser lidos para um público tão amplo quanto possível. E tentamos ser curtos, para que você saiba o que vale a pena ler mais tarde.
Este guia é destinado às empresas, instituições, financiadores e fundações que se preocupam em reduzir os impactos da desigualdade de “dentro” para “fora” na doação no Brasil. Em outras palavras, ele fala diretamente com aqueles que estão dispostos a olhar para dentro de suas próprias organizações, a parar de “varrer a poeira para baixo dos tapetes” e a entender que já passou do tempo de uma revisão ecossistêmica da filantropia e do Investimento Social Privado (ISP) no Brasil.
Porquê a Proximate escolheu: em seu âmago é uma inversão da premissa de quem esta no centro do poder está, também, no centro do conhecimento. Uma oportunidade para que doadores aprendam com quem faz acontecer.
Com metodologia mista, traça um panorama das 834 organizações negras colaboradoras e instituições do financiamento filantrópico e do investimento social privado, analisando o acesso ao financiamento, bem como a distribuição dos recursos. A pesquisa utilizou levantamento bibliográfico, formulários online e entrevistas com lideranças filantrópicas e destaca a importância de direcionar recursos filantrópicos para que as organizações negras desenvolvam suas atividades de forma sustentável, promovendo uma transformação social profunda e duradoura, enraizada nos saberes ancestrais e desafios de seus territórios. O Estudo foi liderado por Luana Braga Batista, que escreve para a Proximate na edição de Abril de 2025.
Porquê a Proximate escolheu: o cruzamento de dados sobre a filantropia brasileira e raça ajuda a revelear os paradigmas de pensamento que tornam muito mais desafiador para as organizações negras receberem recursos.
Além dos serviços e contribuições para a sociedade, o Terceiro Setor tem uma participação significativa na economia brasileira. As organizações da sociedade civil representam mais de 4% do PIB, graças às suas diversas atividades económicas, cadeias produtivas próprias e geração de postos de trabalho.
É o que revela o estudo "A Importância do Terceiro Setor para o PIB no Brasil", uma iniciativa liderada pelo Movimento por uma Cultura de Doação, sob a coordenação da Sitawi Finanças do Bem e executada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A pesquisa tem como objetivo obter dados sólidos sobre a contribuição do Terceiro Setor para indicadores económicos relevantes.
Porquê a Proximate escolheu: pouco se saber sobre a dimensão do setor social brasileiro dentro e fora do Brasil e este estudo é um importante passo na diração da educação da população brasileira e financiadores internacionais
A suspensão de recursos provenientes dos EUA para o Terceiro Setor no Brasil e no mundo gerou incertezas e desafios para diversas iniciativas sociais e ambientais. Com o objetivo de dar mais visibilidade a esse cenário, fortalecer a articulação entre atores e buscar caminhos conjuntos para superá-lo, a Sitawi Finanças do Bem ouviu organizações diretamente afetadas pelos cortes da ajuda externa dos EUA e reuniu dados inéditos sobre essa nova realidade.
Porquê a Proximate escolheu: ilumina a consequência das mudança no contexto geopolítico nos Estados Unidos, ajudando o campo na compreensão dos desafios e os financiadores internacionais a encontrarem caminhos de apoio.